A tireoide é uma glândula dividida em duas partes que se situa no pescoço, logo abaixo do chamado “pomo de adão” e possui cerca de 15 a 25 gramas em pessoas adultas. Por produzir os hormônios T3 e T4, a tireoide é capaz de interferir no funcionamento de muitos órgãos, como o coração, cérebro, fígado e rins. Além disso, os hormônios produzidos pela glândula atuam de forma direta no ciclo menstrual das mulheres, e é capaz de alterar a menstruação.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, não existe uma idade ou condição específica para o surgimento dos problemas na tireoide. Ou seja, qualquer uma das condições dessa glândula pode acontecer em qualquer idade ou etapa da vida, dependendo de outros fatores, como a genética. No entanto, é importante saber que a maioria dos problemas na tireoide são de fácil detecção e tratamento, feito com a ajuda do médico endocrinologista. Por isso, é ideal que todas as pessoas realizem consultas de rotina com esse médico, para garantir que a tireoide esteja saudável.
De uma forma geral, a tireoide atua no corpo através da produção de hormônios que regulam diversas funções de nosso corpo. Assim, são esses os hormônios responsáveis pelo crescimento das crianças, bem como a manutenção da saúde e funcionamento de diversos órgãos, como o coração e o fígado. Além disso, os hormônios da tireoide estão ligados à memória, sono, peso, humor, fertilidade e ciclo menstrual feminino. Ou seja, regulam todas essas funções humanas e faz com que estejam em equilíbrio.
Como a tireoide atua em nosso corpo através dos hormônios T3 e T4, é importante que eles sejam produzidos de maneira correta. Ou seja, existe uma quantidade ideal que nosso corpo precisa e suporta de cada um deles. Assim, quando existe uma mudança nessa produção, existe um problema na glândula. Nesse sentido, quando a glândula passa a produzir hormônios em excesso, temos o chamado hipertireoidismo.
Os principais sintomas do hipertireoidismo são:
· Nervosismo, irritação e ansiedade;
· Mãos trêmulas;
· Perda de apetite;
· Queda de cabelo;
· Fraqueza nos músculos;
· Alteração na menstruação;
· Perda abrupta de peso;
· Inchaço na região do pescoço.
Por outro lado, quando a glândula tireoide começa a produzir pouca quantidade dos hormônios, ocorre o chamado “hipotireoidismo”. Dessa forma, o corpo recebe menos quantidade de hormônio do que necessita e por isso a atividade do corpo começa a ficar lenta. Ou seja, os batimentos do coração diminuem, os rins trabalham devagar, os níveis de colesterol aumentam devido ao baixo metabolismo do corpo. Toda essa lentidão no corpo humano faz com que a pessoa com essa condição tenha a sensação de cansaço durante o dia e a noite, experimentando sonolência e dificuldade em se manter acordado. Confira os principais sintomas do hipotireoidismo:
· Cansaço excessivo;
· Queda de cabelo;
· Unhas quebradiças;
· Dores articulares;
· Intestino preso;
· Menstruação irregular;
· Sonolência durante o dia;
· Fraqueza muscular
· Ganho de peso e aumento dos níveis de colesterol;
· Pele seca;
· Diminuição da memória;
· Sensibilidade ao frio.
NÓDULOS NA TIREÓIDE
Estima-se que 60% dos brasileiros apresentem nódulos na tireoide em algum momento da vida, sendo que a chance de desenvolvê-los aumenta com a idade. Geralmente não causam sintomas, entretanto, um nódulo grande pode causar dor, rouquidão ou causar incômodo ao engolir ou respirar. Apesar de cerca de 90% dos nódulos serem benignos, é importante identificar e tratar os nódulos cancerígenos. A maioria dos nódulos são identificados durante o exame físico da tireoide e, geralmente, são necessários outros exames na investigação. Entre estes os de sangue, ultrassonografia da tireoide, biópsia do nódulo e cintilografia da tireoide.
O tratamento depende do tipo e tamanho dos nódulos:
· Remoção cirúrgica dos nódulos cancerígenos ou suspeitos e dos nódulos muito grandes com sintomas.
· Iodo radioativo em nódulos “hiperfuncionantes” que causam hipertireoidismo, e como complemento para alguns nódulos cancerígenos.
Os nódulos que não necessitam de tratamento devem ser acompanhados a cada 6-12 meses pelo seu endocrinologista.
Se você está com algum sintoma, não se esqueça de agendar sua consulta!